quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Cap. 9: A diferença entre um gerente e um bombeiro

Durante seus dias nas filiais da rede vivenciando as rotinas e comportamento dos colaboradores, Afrânio irritou-se várias vezes com a apatia de alguns líderes. Para ele, muito pior do que um funcionário operacional apático era um líder apático. Aliás, um espelha-se no outro, e assim a apatia do funcionário é justificável (compreensível), sendo exatamente o reflexo do seu líder, que mais parece um soldado bombeiro do que um gestor comercial.

Os gerentes comercial e operacional, ao contrário de um bombeiro, não trabalham só para "apagar incêndios" na loja. Antes de serem chamados por um cliente para ouvir reclamações os gerentes já deveriam se antecipar aos problemas para que ninguém reclamasse.

Faltava aos gerentes maior interesse aos assuntos das lojas, maior criatividade para oferecer sempre mais de si para qualificação do atendimento através de sua equipe e para crescimento de vendas.

Afrânio estava cada dia mais convencido de que sua empresa carecia de uma mudança cultural e comportamental, o que não se conquistava facilmente com a manutenção de determinadas lideranças de baixa performance no quadro funcional.

Era chegado o momento de dar um xeque mate em alguns "bombeiros" de sua empresa, buscando a ajuda de um profissional especializado em desenvolvimento de lideranças, talvez investindo em um coaching...

Esse seria o seu novo foco: investir na educação continuada e na visão gerencial de seus gestores para conquistar melhores resultados a médio prazo a favor da empresa. E para isso, Afrânio buscaria apoio profissional com palestrantes que desenvolvessem os cinco sentidos dos líderes: olho vivo às tarefas, ouvidos atentos às colocações, faro fino para as boas idéias, fala branda nas cobranças e o tapinha nas costas dos merecedores.

Pois para ser um líder reconhecido o primeiro passo é fazer parte de um time, conquistar a confiança de todos e depois os liderar, para com isso conquistar o comprometimento de toda a equipe em busca de um mesmo objetivo.

Melhorar a performance profissional da gerência das lojas não seria tarefa fácil, mas Afrânio estava confiante pois já detectou o problema e já traçou a meta para a sua solução.

2 comentários:

  1. Adriano. Estou atrasada na leitura dos seus posts. Ainda esse ano coloco-a em dia. rsrsrsrs

    Se eu estvesse no lugar do Seu Afrânio, eu daria uma olhada no histórico dos "bombeiros" em questão. Há casos em que é melhor não deixar uma laranja podre contaminar todas as outras do cesto. Para que o problema do "bombeiro" seja rosolvido por um coach tem de ser algo pequeno. Essa é a minha opinião. Vc sabe que sou "meio" radical nesse sentido. E se um coach resolver, acho que o melhor coach seria o próprio Seu Afrânio, sabia?! Tipo assim, o "bombeiro" poderia ser "sorteado" para fazer um estágio de uma semana trabalhando ao lado do Seu Afrânio. Quem sabe ele não pega no tranco? O exemplo é a melhor maneira para alguém aprender, seja para o bem ou para o mal.

    Abraços

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  2. É verdade, Eliane... a transferência de conhecimentos através do exemplo vivencial é uma das melhores escolas. Creio que a maior dificuldade entrentada pelo Afrânio é a cultura de trabalho já instalada na rede, com certos conceitos e modos de operação já muito enraizados nas pessoas. O ensinar a trabalhar não é tudo... é preciso que se mude a essência dessas pessoas que trabalham apenas para bater cartão e ignoram o quanto são necessários como cérebro, braço e coração para a empresa. Falta muita criatividade, empenho e sensibilidade para o trabalho... por isso precisam ser lembrados todos os dias das mesmas coisas, precisam ser conduzidos a executar o que o Seu Afrânio pensa... essas mazelas já vêm de capítulos anteriores, rsrsrs

    Mas vamos ver o que deve acontecer daqui pra frnte.

    Obrigado pela dica! Abraço,
    Adriano

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